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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

banco do jardim –
o sorriso do meu sogro
ante o ipê-roxo

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varal da vizinha –
o vento tenta levar
todas roupas dela

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descanso tranquilo –
sob o viaduto o silêncio
desta tarde quente

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canto do sabiá –
bate na minha vidraça
o sol da manhã

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assovia o vento –
sobre a mesa da varanda
o olhar da gata

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através da porta
são visíveis novamente –
amores-perfeitos

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sobre esta calçada
as pegadas do meu cão
se fazem notar

4 comentários:

  1. hoy solamente
    miraré las flores
    de mi ventana*

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  2. ... notar... perfeitos...
    gato...
    manhã... quente...
    dela... roxo...
    jardim...

    Abraços poeta!

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  3. sobre a mesa minhas mãos sobre a tua, as palavras soltas envoltas de outras névoas, e tuas palavras como poemas inteiros que levam e lavam, sobre a mesa os silêncios tamborilando, todos os silêncios se expondo gomo a gomo, a jarra com água a molhar nossas terras sequiosas, as canções passando pela memória, e em meu olhar vê: no vazio a rosa incendiada!

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  4. Sabe, eu tenho um certo encantamento com o tal do pé de ipê, por aqui nesta época do ano, por onde se olha no cerrado é o que se vê...Como moro quase emendado ao Tocantins,a vegetação que predomina minha região ainda é o cerrado... Não há como contemplar e não dar um riso..... vou te mandar uma Haiga com o meu pé de ipê-roxo e esse teu Haicai.... tuDo muito lindo por aqui. Abraços daqui, Luiz.

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