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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

 
 
campo de aspargos –
na tarde silenciosa
caminho sozinho


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cheiro de ameixa
enquanto cresce a garoa
entre os telhados


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garoa insistente -
aquecendo minhas mãos
o olhar do gatinho


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tarde de inverno -
meus sapatos encharcados
na hora do almoço


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vai-se o agosto -
em meus antigos poemas
as nuvens cinzentas


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garoa fria -
o cão só mete o focinho
pro lado de fora


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hoje o inverno
não me causa desconforto -
os velhos amigos


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cobrem meu quintal
as chuvas todas de agosto -
café na varanda


**
 
inverno fenece -
feliz envelhecimento
cantam os pássaros



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