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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

noite de luar –
a claridade toma conta
da varanda vazia...


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final de tarde –
vem forte lá do charco
o coachar da rã...

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chega a tormenta
assolando a beira do rio
e a pescaria...

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por este caminho
não há quem fique triste –
campo de narcisos...

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majestosa
entre muitos narcisos
reina a tulipa...

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telhado de casa –
quando o vento sopra
o bem-te-vi canta...

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à beira do lago
gaivotas esperam as redes
dos pescadores...

5 comentários:

  1. Eu destelho a casa dos meus sentidos
    e escuto seu sonho entrar.
    seu sonho é bem-te-vi
    que chega ao mar!

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  2. à beira do lago eu remava minha solidão como uma pirambeira ribanceira ribeira de esfinge se deitar, lambia o lago com fogo e meu dorso debruçado se dava em leitoso candelábro de cores, tremia ao vento a superfina face do lago, era uma tormenta de torcer pescoços como árvores frondosas ao vento, a beira do lago eu pensava lonjuras de dar n'água, queria vitórias-régias e raízes nadadeiras, peixes rubros vertendo rios perfume cravados na tarde, o lago à beira inteira da cidade de sonhos liláses-verdes de asas que devora o cavalo que cavalga no fundo das águas. a beira o lago a lua num galope de lágrima e névoa e magma, na beira do lago entardecia o olhar violeta, tecia estrelas como bonecas para que a noite foice menos e mais canção e móbile. Na beira do lago eu me dormia como barcos de papel lançados a deriva, o casco era ocaso certo que afundava furna e se transformava em corais de prata e sal na tua memória marítma ilíada. na beira do lago a pedra lançada ponte de chegar ao centro, e depois? depois n'água!

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  3. noite de luar: ora! é só a escuridão cravejada com uma pedra cinza!

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