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quarta-feira, 28 de março de 2012


tramas


noite de flautas -
lua alba em meus sonhos
gargalham aves

ronda amarela –
as árvores se desfolham
ao meu olhar

entre as grades
presa pela teia –
a aurora calva

tarde parda –
pedras roladas na relva
a longa treva

sob as unhas
restos de seda
despida a renda

janelas de vidro –
o silêncio recita
uma valsa tensa

súbito:
o sol espuma cabeleiras
de grindélias

resina em brasa -
o cipreste para sempre
se esfarpa

2 comentários:

  1. Luis Gustavo
    Volto mais tarde para ler todos os poemas
    que postastes, que sei que são encantadores
    como sempre.

    Um abraço.

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