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terça-feira, 25 de outubro de 2011

nesta manhãzinha
margeando o lago tranquilo -
os barcos vazios

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belo pica-pau
subindo o poste da rua
na praça central

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metidas na tarde
elas vêm brincar conosco -
as garcinhas brancas

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quando a brisa sopra
fugindo da chuvarada
as garças se vão

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o vento ciclone
vem com tanta força que -
fica ainda mais forte

7 comentários:

  1. No silêncio da manhã um revoar ao vento
    e logo depois os gritos das garças.

    Um abraço

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  2. Luiz,
    imagens belas e fortes,
    gostei.
    Também estou seguindo.
    Abraços.

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  3. nem garças nem passarinho na varanda nem borboletas no vasculhante nem vento pela casa
    só a libélula palavra desampulhetando asas.

    ***

    na praça 13 de maio a mulher com seu olhar perdido aparece lá do outro lado da árvore menina brincando com seu sonhos-folhas-secas virando asas no furacãozinho da tarde quando despertou do torpor das memórias viu libélula palavra lavar o tempo.

    ***

    não chove mais
    nem um grão de chuva vem na secura dos dias que percorrem em silêncio a ruinha de chão batido
    o beco pede tudo
    o beco seco de sede
    nem brisa na janela aberta pra o b_eco do caos.

    ***

    saem das tardes as garças e os urubus pintam carniças a olho anus.

    ***

    a lagoa abre uma fenda na tarde
    uma garça altiva invade em voo
    a vida funda fértil e movediça do mangue.

    tu és um grande poeta

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  4. A chuva, o ciclone são ameaçadores....

    Uma boa semana.

    BShell

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