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sexta-feira, 4 de março de 2011

flamingos rosas
à margem da lagoa
não me deixam seguir

****

uma joaninha
pousada em meu braço
passeia comigo

****

rua molhada:
passo a passo
eu sigo as nuvens

****

após a ventania
o som do mar preenche
o vazio da tarde

****

reunião de gaivotas -
e eu me tornei
mais uma

****

sente-se em casa
no alto das montanhas
o céu estrelado

****

volto para casa
e na escada outra vez -
uma mariposa

****

dois pardais
pousados no alpendre -
trocando olhares

****

já pesa a idade
sobre a minha casa -
de todas as telhas

****

janela aberta:
vão descendo a escada
os raios de luar

****

entre nós agora
ao barulho da chuva
o vapor do café

****

humildemente lhe peço -
abra a porta e espante
todo este calor

3 comentários:

  1. Uau... ^_^•

    Sabes ser inebriante, meu lindo?!

    Amei... ♥

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  2. Ui! Quanta delicadeza!!! Um banho de agridoce e suave poesia por aqui... Preciso voltar sempre!

    Acaso autorizarias a publicação de algumas de tuas partículas poéticas, com a devida indicação de autoria? Aguardo resposta.

    Beijos pintados e abraços alados.

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  3. Olá, Linkei o teu blog maravilhoso lá no Varal. Meu beijo, meu carinho e minha admiração, Mestre.

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