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sexta-feira, 1 de junho de 2012

lanterna de pedra –
sob a guarda do samurai
também de pedra

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imóvel o rio da prata
assim como o palo borracho
à margem dele

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manhã cinzenta –
nenhuma gota de chuva
desde a minha volta

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de repente a chuva
que ninguém mais esperava –
tarde de outono

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o servente assovia
aquarela do brasil –
sob a nogueira

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plátanos dourados –
despertam a atenção do fotógrafo
e do boi mocho

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frio amanhecer –
também aqui na varanda
os pardais ao sol

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canteiro de gérberas -
o vizinho fala de longe
e eu sou só sorrisos

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manhã de orvalho –
à sombra do telhado cresce
a nova nogueira

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