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sexta-feira, 24 de junho de 2011

gelada manhã –
um toque a mais em tua mão
antes de eu partir

****

nesta manhã
brigando com o vento
meu rosto gelado

****

o nevoeiro vai
deixando a estação
nesta tarde fria

****

depois da chuva
cobrindo o gramado -
as últimas folhas

****

por entre as ruínas
após a tempestade -
o cão em silêncio

****

depois da chuva
só o vento assoviando
em meus ouvidos

****

ainda posso ver
neste último instante
as folhas que caem

****

balançam a rede
e os galhos da nogueira -
um breve cochilo

****

tão solitário
vai chegando aos poucos
o luar desta noite


****

frio amanhecer -
por entre os montes verdes
são as nuvens negras

****

ao amanhecer
nada vejo nesta estrada -
nem mesmo a estrada

12 comentários:

  1. no aceno contido
    debaixo do cobertor
    meu dia começa

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  2. Esencialmente invernal.
    Me arropo como un osito dentro de su cuevita.
    Besos mil.

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  3. Depois da chuva
    por entre os montes verdes
    garça voltando

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  4. Luz nos galhos de outono
    A sombra pinta ideogramas
    Nos muros da rua

    há tempos não me visita, venha ver como ficou o layout novo. abraço. Danita
    pingodeprosa.com

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  5. Manhã gelada...
    vou tomar um bom trago
    e fumar um legalizado...

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  6. al amanecer
    tal vez haya luz tibia
    allá, afuera*

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  7. aurora de inverno—
    por trás do velho telhado
    lento nascer do sol
    .
    .
    Um beijo em ti,mestre.

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  8. Com a penumbra do crepúsculo ando até chegar ao abismo de teu trémulo corpo nu perdendo os sentidos sensatos pela ira de tuas encantos eternos.

    Saludos

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  9. Muito frio, tenho a impressão de que não há frio também. Eu gosto de falar naqueles poemas pouco cheio de harmonia e beleza toda a sensibilidade sua. Eu sinto o inverno ou no outono para ler belos poemas, um abraço

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  10. Después de llover siempre aclara... Si quieres te mando desde aquí un poquito dee este calido verano que hace en mi tierra :)
    Gracias por los poemas que has dejado en mi blog, me gusta como escribes :)
    Voy a subscribirme a tu blog y sigo leyendo un ratito por aquí ¿vale?
    Un besito.
    María

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  11. na superfície fria do dia
    a língua fina sorve
    toda uma estação

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  12. a todo instante
    folhas secas caem
    tecendo ninhos na terra

    ***

    navego na névoa
    não entendo nada
    dessa nave avoada

    Beijo grande!

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