após o luar
a garoa fina lava -
os campos de arroz
****
toda a noite
ao pé do monte sonhei ser -
esta garoa
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agora eu sei -
minha jornada é mais curta
que esta garoa
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é garoa ainda
e cada vez mais longe
a silhueta do monte
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sem rumo
eu poderia ser uma estrela
não fosse a garoa
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nesta viagem
me fazendo companhia
só a fina garoa
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até que enfim
chegamos em minha casa -
a garoa e eu
****
fecho a porta –
o passado vai embora
levando a garoa
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é longa a noite -
já me fazem companhia
os mosquitos todos
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preciso dormir -
livrem-me por favor
destes mosquitos
****
à luz de vela
o silêncio tem vida -
uma mariposa
****
sabiá de manhã
canta e diz para mim -
levante-se
hehe
ResponderExcluirQue gostoso, Luiz!!! Lindo!!!
♥
garúa fina
ResponderExcluirla de mi tarde verde
una mariposa*
"sem rumo
ResponderExcluireu poderia ser uma estrela
não fosse a garoa..."
Belissimo!
Andréa
Grato, Luiz pelos presentes. Pus-me a seguir seu blog: excelentes construções. Abraços, Pedro.
ResponderExcluirSeduzida pelas palavras-plumas que deixaste em meu blog, vim namorar teus poemas alados e flutuantes...
ResponderExcluirEstou encantada com a suavidade!!!
Deixo abraços leves e azulados, e voltarei muitas vezes para pousar no teu telhado de vidro.
Vou colocar um link lá no Ânkoras & Asas.
levantou-se?
ResponderExcluirhehehe....
beijinho...