depois do aguaceiro
amanhecida em silêncio
a gaivota pousa
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na velha varanda
espreguiçadeira lembra -
as mesmas histórias
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sob a chuva fina
escorregando pela escada
o meu cachorro
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vento na varanda -
o silêncio de setembro
chegando ao fim
eu no fim de mundo, com todos os silêncios, com todos as coisas que se findam, com todos os finais e pontos de interrogação, com todas as coisas que virão a ser eu sei! com estações fora de época e em todas as épocas, na cordilheira das curvas, no cais de todos os santos, no tremor que dá a música no esterno no fundo interior do peito.
ResponderExcluirNa varanda:
setembro e sua memória
se desfolhando no vento.
meus silêncios são gestações sem fim
ResponderExcluire na hora do parto
só faz partir